Estávamos descarregando uma doação destinada a outra escola do Ceará. Um calor literal do sertão. O suor escorria e gotejava no chão de terra.
Depois de descer as pesadas caixas de livros, chegou a hora dos computadores. As caixas eram cheias com pequenos cilindros de isopor, que amorteciam qualquer sacolejo que pudesse prejudicar as frágeis peças. Nos balanços do caminhão, que saiu de São Paulo até aquela região, uma das caixas abriu o suficiente para derrubar alguns cilindros do isopor azul no chão de terra, na frente da escola. Continuamos a descarregar tudo; depois limparíamos a bagunça.
Trabalho feito, conversávamos com alguns professores, quando uma criança, aluno da escola, que acompanhava curioso a movimentação, chegou e disse.
- Mas é ruim esse chilitos, hein?! Comi 5, mas tem um gosto ruim.
Outro ainda estava com um na mão, pronto para comer, quando alguém da equipe falou:
- Não come isso não, não é Cheetos, é isopor!
O menino sem pestanejar enfiou na boca, mastigando e falando:
- Tem problema não...
Rapidamente limpamos antes que outras crianças viessem para os "petiscos".
Na saída pensamos em falar com o patrocinador, para trocar os cilindros de isopor por alguma outra coisa que não parecesse um Chilitos.
Oi Wolber, Tdu bem?
ResponderExcluircomo foi a pasagem por meu amado ceará?
Rii altoo, lendo essa crônica!!
Realmente as nossas crianças adoram chilito,e para nós Cheetos é uma marca de chilito, das mais caras por sinal!
Adoreiii!!
Caramba! Que paladar tinha esse guri!
ResponderExcluirComer isopor é dose!
Valeu pela história!
Essa é de guardar, parece até piada!
Abraços, Wolber!