Ela nunca pensaria em ter uma, até que lhe ofereceram. A quantia não era pouca, mas uma sucuri bebê, realmente, era algo inusitado. O vendedor, era um homem estranho, mas disse que não havia problema algum.
- É assim que é bom, criando desde pequenininha ela vai gostar de você. - disse, com um sorriso amarelo.
Levou a cobra para casa, era linda. Nunca havia sequer ficado perto de uma. "Pelo menos não é venenosa", pensou.
Os dias foram passando e a cada vez mais se afeiçoava ao animal. Começou a se sentir excêntrica ao comprar ratinhos para sua cobra comer. Parecia uma roqueira famosa, com seus hábitos estranhos. Não ligava, até gostava.
Meses se passaram e o amor pela sucuri aumentava, e era recíproco, tinha certeza. Tanto que passaram a dividir a mesma cama.
Certo dia acordou e olhou para o lado. Achou estranho. Sua cobra estava dura, esticada, bem próxima ao seu corpo. "Por que será, ela sempre dormia enroladinha?", pensou confusa. A cada dia era a mesma coisa. Cogitou perguntar a algum amigo, mas a chance de ouvir uma brincadeirinha sem graça, por acordar com uma cobra dura ao seu lado, a desencorajou...
Depois de uma semana, o fato se repetindo, foi procurar um veterinário. Ele não faria piadinhas sobre a cobra. Contou a história toda, o amor pelo animal, alimentação e o fato que se repetia toda manhã. Ele ouvia paciente e, assim que ela terminou, deu-lhe uma enorme bronca. Não podia criar um animal silvestre em casa, comprar de contrabandistas que maltratam os bichos, os trazem da mata em caixas fechadas e para cada animal vendido vivo, dezenas de outros morreram pelo caminho.
Ela ouvia em silêncio. "Preferia as piadinhas", chegou a pensar, mas logo concluiu que ele tinha total razão. E assim, o profissional completou:
- E para finalizar, te mostrando o perigo de ter um animal desses em casa, você sabe por que ela acordava daquele jeito todos os dias?
- Não senhor.
- Estava te medindo. A sucuri come algum animal quando consegue engoli-lo por inteiro. Assim que o comprimento ultrapassasse o seu, ela se enrolaria em seu corpo enquanto você dormia e te apertaria até sufocar. Depois, tentaria te engolir. Inteirinha!
Foi depois disso que decidiu deveolver seu amado animal para a mata. O medo seria maior que a saudade...
Olá Wolber,
ResponderExcluirarrepio-me só de pensar... uma cobra... tenho pavor!
Mas ainda bem que alguém o "convenceu" a devolve-la ao seu habitat natural...
Mas adorei o teu texto e o teu blog.
Por isso te sigo e convido-te a visitar os meus Estados de Alma.
Oxalá gostes tanto como gostei do teu.
Um beijo desde Portugal e que tenhas uma excelente semana.
Olá, minha amiga!
ResponderExcluirQue legal receber sua visita e palavras aqui em meu blog.
Verdade, cobra é algo de dar medo. Nessas viagens que fazemos pelo sertão do Brasil, temos preocupação constante com elas. Nesse blog tem até algumas histórias (uma é "Pedrinho" e outra "Olha a cobra").
Um prazer tê-la aqui!
Um grande abraço daqui do Brasil!
Tenho um amigo apaixonado por répteis, vou mostrar esse texto a ele pra ver se ele muda de idéia. rs.
ResponderExcluirEsse texto soa como aquelas estórias na beira da fogueira!
Muito bom acompanhar seu trabalho!
Abraço.
Fiquem com Deus.
Wolber querido...SOCORROOOOOOOO!!
ResponderExcluirCobraaaaa? Criada em casa?
Dormindo junto comigo na cama??
Mas nem mortaaaaaaaaaaaa, ou melhor nem vivaaaaaa kkkkkkkkkk!
Me arrepiou aqui a parte da explicação do veterinário...Jesus, uma cobra todo dia do meu lado me medindo...nem gosto de pensar.
Da próxima vez, tomara que ela compre um poodle.
Mil vezes melhor né?? rs
Um abraçãooo meu amigo!!!
Minha amiga Borboleta! Tudo bem?
ResponderExcluirQue bom te receber por aqui! Espero que o texto ajude seu amigo... rs Brincadeira, nem todo réptil quer comer a gente inteiro. Alguns preferem só tirar uns pedacinhos, com todo carinho.
É isso, uma ótima semana pra você!
Beijo!
OLáaa Sil!!
ResponderExcluirVocê acredita nisso? Tem gente que não tem medo de nada esmo, não é?
Pior é que, de repente, ela morreria de medo de levar uma mordida do pudle. Vai entender...
Valeu, minha amiga!!
Um grande abraço pra você!
Belo blog amigo , principalmente a penúltima postagem.
ResponderExcluirSucesso, e depois se vc quiser dar uma rápida passadinha em meu blog fique á vontade.
http://tecnologiaemavanco.blogspot.com
Obrigado.
Olá, meu amigo! Tudo bem?
ResponderExcluirMuito obrigado, fico feliz que tenha curtido o espaço.
A história do Doca é bacana. Esses personagens, reais e bem brasileiros, sempre tem uma bela história.
Um grande abraço!
Historinha de tracoso em Wolber....rsrsrsrrsrsrrs
ResponderExcluirQuem será que anda criando "cobra", dormindo junto, hummmmm sei não em!!!rsrsrsrsr
Isso aqui dá até morte!!!!rsrsrsrsrs
Hahahaha!!!
ResponderExcluirOlha Damaris, eu não sei. A história foi o Pinduca que me contou, que um amigo conhecia a menina...
Mas, quem sabe é dele mesmo e ficou com vergonha de confessar??? rsss
Beijão!
Quem diria em!!!!!! O grande Pinduca é chegado nessas coisas que envolve cobra né!!!!!rsrsrsrsr
ResponderExcluirAbraço
Aquela cara de mau é só fachada. O Pinds é uma moça de tão bonzinho. :)
ResponderExcluirAgora sobre a cobra eu não sei. Na verdade nem quero saber!! rs
Beijão!
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
ResponderExcluirSó rindo mesmo , nunca q uma cobra ira fazer isso.
Digo por experiencia propria , eu tenho duas jiboias , uma de 2m e outra de 1,50 . Uma serpente criada em casa , nao te ve como alimento, nem uma no mato te a pessoa como alimento .Existe uma bailarina de dança do ventre chamada Giselle Kenj ela possui uma piton albina de quase 4 metros , ela tem essa cobra a mais de 12 anos , e dorme com ela . Procure no youtube .
Olá Vinícius!
ResponderExcluirPois é, meu amigo. Já ouvi outras pessoas dizendo isso e dou crédito a esse lado.
Porém, eu, não confio em criar animais selvagens em casa. pode ser a coisa mais tranquila do mundo e nunca haver problema algum. Porém, em uma minoria de casos, digamos por exemplo 5%, o bicho pode seguir seus instintos mais primitivos, mesmo sendo criado desde o nascimento em casa e vapt!
Quando se trata de ter um filho em casa, 5% eu acho uma chance altíssima. Não fosse assim não veríamos fotos de sucuris que comeram pessoas, índios, como aparecem alguns casos e fotos por aí.
Cansei de ver reportagens de donos de pitbull que trucidaram alguém e dizem "mas ele nunca atacou ninguém...".
Penso que devemos ter muito cuidado...
Um abraço!