Ontem, estava saindo do consultório, o Luis me ligou:
- Cara, escuta só esse som! - e por alguns segundos chegou ao meu ouvido o som do sertão.
Estava ele em Barreirinhas, bela cidade onde ficam os Lençóis Maranhenses. Trabalharemos lá este ano, e Luis teve uma reunião com o prefeito e secretários do local para mostrar os detalhes do projeto.
Após a reunião, fim de tarde, chegou em um barzinho, estilo "boteco beira-rio", sentou-se e pediu uma cerveja. Foi o primeiro a se sentar ali, e, para sua surpresa, alguns minutos depois começou a tocar um trio de forró pé-de-serra, daqueles da Nossa Terra (assim mesmo, com letra maiúscula). Eram mais velhos e não tinham uma zabumba, som que era tirado em uma bateria.
- Vamos dar uma zabumba pra esses caras! - me disse empolgado com a música do Luiz Gonzaga tocando ao fundo "vaaaaaaaai boiadeiro que a noite já veeem...".
Uma nostalgia invadiu meu peito. Graças a Deus, uma nostalgia nova, sendo que cenas assim ainda encontramos algumas vezes por ano nessas viagens. Mas veio aquela saudade de Brasil. De um lugar onde podemos, depois de um dia de trabalho, nos sentar em um bar e ver senhores tocando belas canções da nossa terra (aqui está em letras minúsculas, mas lembre-se que sempre serão maiúsculas em sua acepção), do mesmo modo como faziam décadas e mais décadas atrás.
Me despedi, liguei o carro e peguei o trânsito de São Paulo para chegar em casa. Dessa vez com uma música na cabeça: "...guarda o teu gado e vai pra junto do teu bem". Eu iria, mas guardaria meu carro.
É Doutor, sei como é! O bom de ter SAUDADE (assim mesmo com letra maiúscula, porque ela é grande) é que pelo menos significa que agente sabe o que é viver MOMENTOS assim!
ResponderExcluirUm grande (com letra minúsculas mas copiando sua mesma desculpa da acepção) abraço!
Grande Jovir Mac!! (Gostei do codinome!) :)
ResponderExcluirÉ, irmãozinho, você é um cara que sabe bem o significado dessa saudade. Saudade de um lugar que temos como nossa casa, sem nunca antes termos posto os pés. De uma turma de irmãos que formamos, sem nunca antes termos visto. De músicas que nos soam tão familiares sem que tivéssemos o costume de ouví-las.
É, meu amigo, espera que se forme logo e embarque novamente conosco em mais uma empreitada. Dezembro está aí, hein?!
Grande abraço Jovir!
Aii que delícia!! Invejinha do Luis...
ResponderExcluirMas o teu relato já me trouxe um pouquinho desses ares(o que, numa semana de provaS já é bastante)!!
Mande um beijao pro Luis quando falar com ele!
e um beijo grande pra voce tambem, Wolber!!
Saudades!!
Beijos
Oi Bia!! Tudo bem?
ResponderExcluirQue prazer recebê-la aqui nos comentários do blog! Ainda mais tendo os dois irmãos na sequência. :)
Sei que você e o Johnny iam pirar num lugar desses. Quando vai com a gente? :)
Mande um grande abraço aos seus pais e um pedala Robinho na cabeça do João.
Beijo Bia!
Eitxa, que historinha mais gostosa de se ler, minino! E nessa epóca de festas juninas, então? Aí é que a sanfona e o zabumba ganham espaço nos salões e terreiros desse Brasilzão a fora. Aqui em Natal, RN, as ruas e escolas já estão cheias de bandeirinhas. Orgulho de ser nordestino, legado de Luiz Gonzaga e muitos outros cabras da peste. Um grande abraço.
ResponderExcluirRsrs... Sabe o que é mais bacana? Você caminha esse Brasil todo propagando essa beleza de trabalho, mas quando o assunto é o sertão nordestino, suas palavras parecem lacrimejarem... Isso me deixa contente, porque seu amor é genuíno.
ResponderExcluirContinuo fã.
Continuo na torcida.
Beijos, doutor.
A banda chama-se "Tripa de Bode". Quer mais ? eles vão tocar para a gente em setembro, com muito orgulho. PS: nao me contive, tive que tocar com eles nesta noite: "toca aqui a zabumba", disseram. Pensei, pensei...Eu não me arriscaria... uma bateria improvisada de zabumba grudada com fita crepe??? Fiquei no triangulo mesmo! E fui aplaudido.
ResponderExcluirWolber, eu também por vezes sinto nostalgia, saudade de lugares distantes onde passei partes boas da minha vida!
ResponderExcluirMesmo porque as partes más, se existiram, todas já se apagaram, e só ficam mesmo as boas!
E isso é muito bom!
Abraços!
Ivana! Tudo bem?
ResponderExcluirNem me fale! Quer coisa mais brasileira que festa junina? Uma época feliz e animada que deixa pessoas felizes. Ver as bandeirinhas lembra como ver as luzes de Natal em dezembro.
Agora a sanfona e os trios, esse é o ponto mais alto! :) Realmente um orgulho ser nordestino!!
Valeu a visita, minha amiga!
Milene, minha querida amiga! Tudo bem?
ResponderExcluirUm amor genuíno, com certeza! Amo nosso país e o nordeste, o sertão, foi a região que conseguiu preservar a pureza e beleza que nosso povo tem em sua história, tradição e cultura.
Conhecer essas regiões, voltar para a cidade grande entre carros, prédios e fumaça, e não lacrimejar quando se presencia a cena que conta este texto, é impossível!
Um grande abraço, Milene!
Hehe, Luis!! Como vai, irmão?
ResponderExcluirÉ, meu velho, difícil explicar a emoção que vem nesse seu comentário. Impossível precificar uma noite dessas. Aquela em que esquecemos a hora (não importa de vai trabalhar dia seguinte, você irá acordar inteiro!), o cansaço não existe, e você parece flutuar, tento a exata sensação de que aquele momento estará em sua cabeça para sempre.
Sem duvidas.
Estava lá em pensamento também, pode ter certeza!
Um Abração!!
Isso é ótimo, Leonel!
ResponderExcluirPrincipalmente por você ser uma pessoa bacana. Quantas pessoas não fazem o contrário? Esquecem que tem muito a agradecer a Deus e fixam em momentos ruins que passaram.
Você disse a importante lição: as coisas boas são as que ficam, que farão abrirmos sorrisos expontâneos décadas a frente.
Sinal que estamos vivendo, e aproveitando bem o que a vida nos da.
Um grande abraço Leonel!
Adorei esta postagem, sua forma de abordar sentimentos comuns a todos nós,mas que nem sempre conseguimos explicar, mostrar, ser espelho.
ResponderExcluirParabéns pelo blog e seus enfoques!
Abs
Olá Stella!! Tudo bem?
ResponderExcluirObrigado pela visita e pelas palavras!
Um grande abraço!