Nessas viagens pelo sertão é normal termos alguns contratempos estomacais ou, pior ainda, intestinais. Tive um problema durante o trabalho em Alagoas, cidade de poço das Trincheiras. Após cada atendimento corria para o banheiro; foram mais de 8 vezes durante aquele suado dia. Mesmo assim foi um “piriri” levíssimo comparado ao “perrengue” passado em outra viagem por dois amigos da equipe.
Seus nomes foram modificados, para evitar constrangimento e piadas dos alunos por onde passarmos. Apesar da tentação de cumprir com a verdade neste blog vou resistir – ou tentar...
Sidnei costuma passar mal em todas as viagens. Pelo menos em uma ou duas cidades o vemos com cara fechada, olhos entreabertos, andando feito um zumbi pelas escolas – quase sempre em direção ao banheiro. O tempero diferente – e muitas vezes forte – o acerta em cheio e aliado com um certo stress pelo puxado trabalho que desempenha faz seu intestino (pra não dizer outra coisa) se abrir como uma torneira.
Essa última viagem, de abril de 2010, foi uma das poucas em que chegou ao fim ileso. Em outro ano, depois de um almoço em uma escola, emendado com um deslocamento longo de carro, sua barriga começou a dar sinais de que o mal estava próximo. Certa altura da estrada, a vontade de descarregar no banheiro era incontrolável. Vendo um posto de gasolina solitário na beira da estrada, gritou ao amigo que dirigia o carro:
Sidnei: Carlão, pelo amor de Deus, pare o carro!!!
Carlos: Vamos parar em outro posto, que este aí é meio caidão.
Sidnei: Maluco, você não ta entendendo! Para esse carro agora!!
Carlos vendo a cara de desespero do amigo e uma gota de suor descendo pelo lado de sua face, parou imediatamente.
Se houvesse um campeonato mundial de corrida do carro para o banheiro, duvido que alguém tirasse a medalha de ouro de Sidnei.
Ao entrar ali, o desespero era tanto, que mal percebeu o cenário desolador que o esperava: num cubículo bem pequeno, uma privada que não tinha porta a separando da pia e do mictório que estava pendurado na parede à sua frente.
“Cara, que alívio, eu praticamente urinava pelo ânus!”, relembra nostálgico.
Nisso, entravam outros no banheiro e ele naquela situação constrangedora, com um sorriso, de graça e nervoso ao mesmo tempo:
Sidnei: Opa, tudo bem?
Homem X: Opa, pode ficar à vontade aí...
Sidnei: É o jeito, né?!
A caganeira continuava como enxurrada, o suor escorrendo pela cara, e mais outro entrava.
Homem Y: Ops, pode mandar bala aí!
Sidnei (pensando): Tá mais pra mandar cachoeira, mas tudo bem...
Como é bom receber apoio moral de desconhecidos nessa hora difícil.
Em seguida entra uma terceira pessoa, esta afobada e com pressa. Era Carlos, seu amigo e companheiro de viagem.
Carlos: Sid, pelo amor de Deus, levanta daí!! – disse desesperado desabotoando a bermuda. Havia tido um primeiro (e fulminante) aviso no carro e antes de pensar, seu arco-reflexo o levou num salto para o banheiro. (se houvesse um campeonato mundial desse esporte ele ganharia medalha de prata)
Sidnei: Carlão, não dá mano, ta complicado aqui.
No desespero, Carlos abaixou bermuda e cueca numa tacada só e foi colocando a bunda no mictório da parede: faria ali mesmo!
Sensibilizado com a tocante cena, Sidnei gritou para que ele esperasse, se levantou agachado, com as calças arriadas e pernas abertas, em suas palavras “para não ficar aquela borboleta desenhada em sua traseira”.
Carlos sentou e automaticamente começou a urinar pelo ânus, como seu amigo.
Agora, Sidnei, tinha um companheiro para ajudar a cumprimentar o próximo homem que entrou, só que, dessa vez, estava numa posição pior ainda: agachado, cotovelos nas coxas, pernas abertas. Agora sim, teve vontade de rir.
Até que o sinal apitou novamente:
Sidnei: Carlão, sai, pelo amor de Deus!!
E assim seguiram trocando as posições durante mais alguns minutos. Fazendo o bonito trabalho de transformar todas as próximas dores de barriga da equipe em uma brincadeira de criança. Isso é que é trabalho social!
HuahuahauhauhauhauhHuahuahauhauhauhauhHuahuahauhauhauhauhHuahuahauhauhauhauhHuahuahauhauhauhauhHuahuahauhauhauhauhHuahuahauhauhauhauhHuahuahauhauhauhauhHuahuahauhauhauhauhHuahuahauhauhauhauhHuahuahauhauhauhauhHuahuahauhauhauhauh... wolber tive que tirar o rosto de cima do teclado pra não molhar de lágrimas de riso... hauhauha... meu, Sidnei é muito o P... digo Sidnei! Huahuahauhauhauhauh...
ResponderExcluirvaleu cara essa foi a história mais hilaria do blog até agora!
Hahahahaha!!!
ResponderExcluirJohnny, você imagine então o P, ops, o Sidnei contando essa história ao vivo. Eu também chorei de rir!!!
Valeu irmãozinho!! Grande abraço pra você!
Cara! Essa história tem que ser divulgada na globo rsrsrsrs!! Muito engraçada!!!
ResponderExcluirCronicas intestinais da vida real... só espero q eles estejam juntos em agosto, para escutarmos em detalhes e com sonoridade... e graças ao vento... sem odor!!!
ResponderExcluirHAHAHAHA
Fabricio
Ahahahahahaha!
ResponderExcluirA história já é boa, mas vc tava inspirado pra escrever! ARRASOU!!
Dá pra imaginar a cara deles!
rsrsrs, valeu meu dia!
Bj, Luciana
KKKKKKKKKKKKKKKKK ri muitoooo Wolber!
ResponderExcluirEspero algum escrito sobre o forró na chuva, ou forró de sombrinha como ficou aqui conhecido......Pense no forrozinho bom aquele em.....Por mim, haveria um daqueles todo final de semana.
ResponderExcluirPense em uma operação perfeita
Dragas+ibs= forró quente e arrochado rsrsrsrsrsrssr
Ainda me arrumaram um "cantador de história" como dançarino....forró perfeito rrsrsrsrssr ah se eu podesse.....rsrsrsrsrsrsr
Estou agardando pelo escrito....tem que ser engraçado tá....
Felicidades.....
Olá Damaris!! Realmente aquela festa foi digna de uma história, algo completamente inusitado e incrível! Uma festa de forró em uma quadra, sob a chuva da noite do sertão e pessoas dançando com sombrinhas.
ResponderExcluirFarei um texto em breve, mas antes ainda tenho que colocar um sobre o Doca... Aguarde! ;)
Abraço!