quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Questões básicas - por (Sabrina Bonfim)

Realmente o texto da Janilde é ótimo, fez um comentario que é a realidade...o trabalho é muito mais que prestar atendimentos em saúde. Isso mexe com outras questões tão básicas que normalmente acabam passando batido na correria diária.
Quando retornamos de viagem em setembro, participei da Special Olympics Brasil (que por incrível que pareça é um evento muito maior que as Para-Olimpiadas e ninguém conhece), me ví em situações bem difíceis, sem saber bem como lidar com esse perfil de paciente: não são deficientes físicos, são deficientes intelectuais (Sd Down, Paralisia cerebral, sindromes diversas que causam atraso de desenvolvimento, entre outros casos) e são atletas de várias modalidades!
Se você visse o rendimento deles no esporte, é incrível! Normalmente imaginamos que esse grupo é completamente excluido da sociedade, que poucos tem atividades, apenas nas entidades como as APAEs por exemplo, aí dentro do Parque São Jorge vejo que o Corinthians patrocina um time de futebol com esses meninos, e isso dificilmente tem cobertura da midia ou incentivo de empresas privadas/patrocinio.
Foi um atendimento bem diferenciado e com apoio de outras especialidades como a odonto e ortopedia!
Essas experiencias nos engrandecem, mas ainda assim prefiro esquecer de tudo aqui em SP, fazer as malas, dormir nas casinhas simples da comunidade, conhecer os "potós", acordar com aquele sol lindo as 5:00 da manhã, poder trabalhar o dia todo com uma comunidade tão diferente e ao mesmo tempo tão próxima de nós, que demostram carinho e satisfação com nossa visita... apesar da bagunça em que tranformamos a cidade...e o melhor....dançar e tomar uma cervejinha a noite, sem grandes preocupações, voltar para casa com muita história pra contar e já pensando"Quando será a próxima?"

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

O dia mundial contra a corrupção

Estava vindo para o trabalho no carro, hoje de manhã, e ouvi na CBN (rádio de notícias daqui de São Paulo) sobre o "Dia mundial contra a corrupção".
É triste mas, infelizmente, realmente é preciso que este dia seja criado. A honestidade, a ética, são coisas tão básicas - e tão necessárias para o convívio em sociedade - que deveriam ser inerentes ao homem. Mas não é.
Um dia da luta contra a corrupção, a princípio, me soa como a velha história do "dia das mães" ou "dos pais": nem deveriam existir, pois devem ser todos os dias.
Essa nova data no calendário, mostra o quanto ainda estamos atrasados nessa luta; ainda nem tínhamos um dia por ano dedicado a se pensar seriamente no assunto.
Indo um pouco mais a fundo, cheguei a uma conclusão (que muitos podem discordar): a única arma para combater a corrupção é a educação.
Alguns podem dizer: "temos que vigiar mais os atos dos governantes". Para mim isso é automático. Um país onde a educação é boa, gera uma população mais participativa e automaticamente observará mais os assuntos que importam para sua vida.
Outros retrucarão: "na verdade temos que aumentar a punição!". Pra mim, isso está englobado à educação. Um povo culto, cobrará mais e exigirá que os corruptos sejam punidos.
Não é estranho o interesse em manter nossa educação do jeito que está. Já dizia a letra de um reggae - muito bom - do Natiruts: "sabedoria do povo daqui, é o medo dos homens de lá..."

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Um dia após o outro

No dia 10 de junho operei meu joelho. Depois de passar quase 3 anos com o ligamento semi-rompido, o torci novamente em fevereiro, no meio de uma viagem, em São Raimundo Nonato-PI.
Estávamos no meio do trabalho e ainda atenderia no dia seguinte, na mesma cidade, e mais três dias em Crateús-CE. Não conseguia apoiar o pé no chão e para onde quer que fosse precisava chamar meus amigos para me carregarem. Um sufoco!
Voltei para São Paulo, operei o ligamento e usei muletas por vinte dias. Segundo meu médico - um ótimo médico, por sinal - a recuperação total dependeria do quanto eu me empenhasse nos exercícios de recuperação: fisioterapia e depois musculação.
E este é o motivo de minha felicidade atual! Ontem, dia 7 de dezembro, foi o primeiro dia em que voltei a correr. Não foram nem 5 minutos, porém o bastante para ver que o joelho está bem recuperado.
Pois é, na vida as coisas são assim: pode acontecer uma torção forte, pode até surgir uma operação no caminho, mas sempre, depois, vem uma recuperação, que faz uma simples corrida ser gostosa como eu nunca tinha sentido antes.

domingo, 6 de dezembro de 2009

O carro de boi

Já havia visto um carro de boi, porém foi a primeira vez que ouvi seu canto. Cada um possui o seu jeito de cantar. Quando o constroem, colocam uma peça em seu eixo que produz um som característico. Há até competições entre os diversos sons dos carros. Ao longe, pode-se ouvir quando o sertanejo volta de sua lida diária.