quinta-feira, 5 de junho de 2014

A Pedagogia do Horror (por Fernando Martins Rocha*)

 Introdução
Mães que abandonam filhos para que pereçam, traições, mentiras, esquartejamentos e toda a sorte das ações mais vis e abjetas que pode engendrar a mente humana. Não estamos descrevendo um enredo de um filme com um pesado conteúdo imagético e censurado para menores. Este conteúdo é encontrado nos “melhores” contos de fadas que hoje são utilizados como material pedagógico por uma boa parte de nossas escolas infantis.
Diante deste fato, cabe (ou deveria caber) a nós pais e educadores, como responsabilidade, fazermos algumas perguntas e refletirmos acerca deste fato. Talvez a primeira pergunta que coubesse seria: como estórias com cenas tão fortes e com um conteúdo tão pesado foi parar nas prateleiras das escolas de nossos filhos tão pequenos (de 3, 4 ou 5 anos de idade) ? Em seguida, poderíamos (ou deveríamos) perguntar: o conteúdo destas estórias é adequado para a instrução de nossas crianças? Quais os efeitos sobre a mente de nossos filhos quando são expostos a conteúdos deste tipo?
Considerando que a todo efeito corresponde uma causa, este pequeno artigo pretende exatamente verificar quais as causas que levaram os “contos de fadas” (que melhor seriam chamados de contos de horror, pois é o que de fato são) a figurarem como conteúdo pedagógico infantil em nossas escolas. Também refletiremos sobre os possíveis benefícios ou malefícios que estes contos podem causar em nossas crianças.
Contos de fadas ou contos de horror?
Antes, porém, de questionarmos a validade da utilização dos contos de fadas como método pedagógico, é necessário fazer uma pequena digressão. No âmbito dos estudos sobre a linguagem, estuda-se, além de outras coisas, a relação entre a forma e o conteúdo das palavras, sentenças e enunciados. No caso em particular, gostaria de chamar a atenção para uma inadequação. Se olharmos para a forma da expressão “contos de fadas” muito provavelmente a primeira imagem que se formará em nossas mentes será a de uma estória que contém seres encantados como uma fada (personagem feminina, delicada, exígua e com poderes mágicos utilizados para o bem), alguns animais que falam e uma moral ao término da narrativa. Estas ideias e imagens que vem à nossa mente, quase que intuitivamente, são resultado das significações que nos são transmitidas pela forma da expressão “conto de fadas”. Contudo, se voltarmos o nosso olhar, não para a forma da expressão, mas para o seu conteúdo, perceberemos que nada mais falso poderia emergir de nossas mentes do que estas ideias iniciais ou intuitivas que se formam ao ouvirmos a expressão “contos de fadas”.
Em primeiro lugar, os “contos de fadas” não possuem fadas. O que de fato esses contos possuem são bruxas que sequestram crianças (conto de fadas: “Rapunzel”), assassinos esquartejadores de mulheres (conto de fadas: “Barba Azul”), dentre outras imagens de medo e terror. Ao menos uma boa parte deles, ou os mais famosos que figuram em nossa tradição oral, não possuem sequer uma fada. Aquelas imagens quase angelicais, idílicas, delicadas (seres femininos diminutos com varinhas que produzem estrelinhas pelo ar), que vêm à nossa mente, é produto da forma e não do conteúdo dos “contos de fadas”. O que há de concreto e de real nos “contos de fadas” é o oposto de tudo isso. Os “contos de fadas” são na realidade contos de horror. Bruxas malvadas, animais vorazes, trapaças, mentiras, sequestros de crianças, medo e terror, estes são os elementos mais frequentes destas narrativas.
Como se não bastasse, os contos de fadas não param por aí. Os contos também constroem imagens terrivelmente negativas sobre os pais e mães. Nos “contos de fadas” há mães ou madrastas que abandonam os seus filhos em florestas para que eles morram! Belo exemplo! Como se não fosse suficiente transmitir estórias que pregam uma moralidade repugnante e degradante, ainda somos obrigados a submeter os nossos filhos a conteúdos que constroem imagens de pais e mães como sendo figuras cruéis, sórdidas e hediondas. Perguntamos: em que mundo vivemos? É isto mesmo o que devemos ensinar às nossas crianças?
É por estas razões que daqui para adiante utilizaremos a expressão contos de fadas (horror), para que não percamos a perspectiva do verdadeiro conteúdo que reza nestas narrativas.
O contexto histórico dos contos de fadas (horror)
Se fossemos resumir bastante toda a história, poderíamos dizer que os contos, assim como outras espécies de narrativas, são contados desde os tempos imemoriais e começaram quando o ser humano inventou a linguagem. Falando do gênero específico dos contos de fadas (horror), que são hoje utilizados por boa parte da pedagogia infantil, estes tem localização definida no tempo e no espaço. Robert Darnton, especialista em literatura folclórica, nos relata que boa parte dos contos que chegaram até nós foram gerados pela cultura popular francesa do antigo regime, num período que se situa entre os séculos XV e XVIII. Os franceses da idade média inventaram uma instituição, a “Veillée”, que constituía na prática de narração de histórias nas lareiras de suas casas, à noite, quando os homens consertavam suas ferramentas e as mulheres costuravam.
Aqui é importante ressaltar que estes contos, que são classificados pela teoria literária como contos maravilhosos, não possuíam nada de “maravilhoso” ou de “sobrenatural” em suas origens e não provocavam nos camponeses europeus o mesmo efeito de sentido que em nós é produzido. Estas narrativas relatavam a realidade de uma época em que a fome, a peste, a insegurança, o pavor e o terror predominavam na sociedade. A assustadora e amedrontadora personagem da Bruxa, que é capaz de voar e possui uma série de poderes mágicos, era um elemento bastante real na vida dos camponeses europeus dos séculos XV e XVI. A igreja cristã, com a instituição da Inquisição, empreendeu uma “cruzada” contra as “mulheres-bruxas” camponesas deste período, a fim de combater as heresias que ameaçavam sua hegemonia na cristandade. Um número considerável de mulheres foram executadas “em nome de Deus”. Portanto, diferente da leitura que fazemos atualmente destes contos, estas narrativas possuíam um alto grau de realismo para os ouvintes da época em que estes contos foram gestados.
Em 1679, o escritor francês Charles Perrault decidiu registrar estes contos em uma coletânea que denominou de “Os contos da mamãe ganso”. As versões escritas dos contos de Perrault (que posteriormente ganharam um “final feliz” que não existia em suas origens), juntamente com as versões orais dos contos, chegaram à Alemanha através dos franceses huguenotes (protestantes) que fugiam da perseguição religiosa na França de Luís XIV. Por outro lado, os irmãos Grimm, alemães, baseados tanto nas versões orais quanto escritas, também escreveram sua coletânea de contos em 1832. Foram estas as versões (Perrault e Irmãos Grimm), principalmente, que foram registradas nos livros de histórias infantis e chegaram às prateleiras de nossas escolas. Bem, até aqui explicamos de onde vieram as versões dos contos de fadas (horror). Daqui para adiante, discorreremos sobre como essas estórias de horror saíram de uma cultura oral e editorial e foram parar no ensino formal infantil de boa parte de nossas escolas.
A justificativa “teórica” para se ensinar os contos de fadas (horror) para crianças nas escolas
Tudo começa em 1976, quando um psicólogo vienense chamado Bruno Bettelheim ousou escrever “The Use of Enchantments”, um livro em que se defendia, em linhas gerais, a seguinte tese: os “contos de fada”, por conterem uma narrativa com elementos universais que habitam o interior psíquico e emocional do ser humano, como o medo e o abandono, ao serem contados às crianças, expõem-nas à realidade do mundo, disparam nelas uma reflexão sobre os seus dramas e consequentemente, e quase automaticamente, num processo não explicado, fazem com que elas se tornem adultos equilibrados, com seus conflitos interiores resolvidos. Deste modo, a justificativa teórica para sustentar a utilização dos “contos de fadas” na educação infantil, passa, obrigatoriamente, pela “autoridade” da “teoria” de Bettelheim. O trabalho final foi feito pela Academia que, sem questionar ou criticar a autoridade de Bettelheim, endossou sua pretensa teoria e a recomendou como método de ensino nas escolas infantis.
O problema que se coloca diante de nós (pais, educadores e pedagogos) é: qual o fundamento científico deste apanhado de ideias tão abstratas para garantir que nossas crianças não estão sendo expostas a conteúdos nocivos e que talvez tenham impactos negativos em seus futuros? Qual é a garantia que nos dá Bettelheim, que sua teoria não gerará prejuízos no desenvolvimento psíquico de nossas crianças? Resposta: nenhuma! E aqui reside todo o perigo ao expor nossas crianças a este tipo de conteúdo.

O que precisa ser discutido é o seguinte: o método científico exige que algumas perguntas sejam respondidas para satisfazer a condição de cientificidade das teorias. Dentre elas, poderíamos elencar algumas como: Bettelheim isolou o seu objeto de estudo (no caso as crianças) para observar os fenômenos sobre os quais descreve? Em outras palavras, Bettelheim acompanhou o comportamento das crianças de 3, 4 ou 5 anos e depois em sua idade adulta, 30 ou 40 anos, para saber se estas mesmas crianças tiveram seus supostos conflitos interiores resolvidos quando atingiram a maturidade? O número de crianças observadas foi em número suficiente para validar a sua teoria? Como Bettelheim, em seu método, conseguiria provar que os conflitos resolvidos não tiveram causa diferente da narração dos contos de horror? Como garantir que todas as crianças responderão aos estímulos da mesma maneira? É importante frisar que estas e muitas outras perguntas que poderiam ser feitas para questionar a cientificidade das ideias de Bettelheim não possuem nenhuma resposta no livro em que Bettelheim expõe a sua “teoria”.
Nossa suspeita é a de que se uma criança de 3 anos ainda não tem nenhum drama, ou poucos, poderá começar a tê-los após ser exposta ao experimento (ouvir estórias dos contos de horror) de Bettelheim. Diante do exposto até aqui, nos parece que estamos diante de um problema, ou melhor, dois. De um lado, há o problema de uma teoria não comprovada, que não se sustenta do ponto de vista científico. De outro, a exposição de nossas crianças ao procedimento experimental desta teoria não comprovada.
O que talvez seja mais surpreendente de tudo é que Bettelheim, no livro em que expõe sua “teoria” sobre os usos dos contos de fadas (horror) como método pedagógico infantil, em nenhum momento aponte para a possibilidade de estes conteúdos provocarem reações ou interpretações negativas às crianças. É incrível que, em nenhum momento, Bettelheim considere a hipótese de que a exposição sistemática e regular das crianças a um discurso amedrontador, aterrorizante e desmoralizante, em vez de resolver conflitos interiores, possa gerar o medo e perpetuar a insegurança nas crianças. Para Bettelheim, as crianças sempre, incondicionalmente, interpretarão estas narrativas de forma positiva (ainda que esta hipótese contrarie frontalmente as investigações da linguística moderna, que tem demonstrado que a complexidade da linguagem não permite interpretações unívocas e monolíticas dos enunciados).
Se a teoria de Bettelheim tivesse alguma sustentação e considerando que estes contos são narrados (não no ensino formal) há pelo menos 300 anos (desde Perrault e os Irmãos Grimm) para as crianças, então, poderíamos inferir que todas estas gerações (inclusive a nossa), que cresceram ouvindo os contos de fadas (horror), formaram adultos confiantes e bem resolvidos emocionalmente. Perguntamos: isto é uma verdade? A geração de nossos avós, de nossos pais e a nossa própria geração formou adultos confiantes e equilibrados emocionalmente por terem ouvido os contos de fadas? Nada parece mais contrário à razão, para não dizer à ciência.

O estatuto da mãe/madrasta/mulher nos contos de fadas
É importante destacar que a crítica literária que faz Bettelheim, para defender a narrativa dos contos de fadas (horror) como método de educação psíquica das crianças, é uma crítica que atua apenas sob o viés da psicanálise (método criticado intensamente por outras correntes). Deste modo, Bettelheim desconsidera outras linhas de análise como a crítica impressionista, a crítica histórica, sociológica dentre outras. Se analisarmos o estatuto da mulher nos contos de fadas, por exemplo, sob a ótica impressionista, verificaríamos a condição degradante a que a mulher é submetida. No conto João e Maria, conta-se a estória de uma mãe/madrasta que faz uma proposta cruel para o pai: por conta da fome extrema que assolava a família, e para que os pais não tivessem que dividir a escassa comida com as crianças, ela propõe abandonar os dois filhos na floresta para que eles morram. Vale ressaltar que é a mãe que faz esta proposta hedionda e não o pai. O pai ainda resiste inicialmente à proposta por julgá-la muito cruel. Deste modo, se constrói um estereótipo da mãe/madrasta/mulher extremamente negativo. Por outro lado, se analisarmos o estereótipo da Bruxa, que é recorrente nestas narrativas, verificaremos que a imagem que é construída é sempre de uma mulher má e que pratica as maiores atrocidades contra as crianças. Não há um homem bruxo. A personagem má, com poderes sobrenaturais, que se apresenta dominantemente nos contos de fadas, é a imagem de uma mulher. Segundo Maria Tatar, autoridade em estudos sobre literatura infantil, as mães e madrastas que aparecem nos contos de fadas são sempre punidas com maior rigor que os pais. Enfim, são estas e outras sutilezas que passam despercebidas pela análise de Bettelheim. Em nenhum momento, o psicólogo-psicanalista vienense levanta a seguinte hipótese: a construção negativa da imagem da mãe/madrasta/mulher nos contos de fadas (horror) pode eventualmente criar na psique infantil noções negativas sobre suas mães e desenvolver contra elas algum tipo de hostilidade ou rejeição?
Conclusão
Atualmente, boa parte de nossas escolas adota a narrativa dos contos de fadas como “método” de ensino e educação psíquica de nossas crianças. O que este artigo pretendeu demonstrar é que este “método” ou “teoria” não se sustenta sob o ponto de vista científico e que, portanto, é matéria perigosa quando utilizada na pedagogia infantil como se fosse um axioma ou uma verdade inamovível. É perigosa, pois pode gerar o efeito de sentido contrário ao que se propõe: formar crianças com medos, pavores e noções que lhes foram inoculados artificialmente, desestabilizando o seu desenvolvimento emocional.
Outra questão relevante também deve ser considerada. Uma coisa é se contar estas estórias num ambiente não institucionalizado, em que as pessoas são livres para fazer suas escolhas pessoais. Outra é obrigar as crianças a ouvirem estas estórias nas escolas, no ensino formal da educação infantil. Perguntamos: Onde está o direito das crianças de decidirem por não serem submetidas a este procedimento? E mais, onde fica o direito dos pais (que não mais veem sentido em contar estórias amedrontadoras e assustadoras para seus filhos) de optarem por eleger outras opções de literatura infantil que fazem mais sentido para o nosso tempo e contexto históricos?
Que as crianças não saibam ainda produzir todas as sutilezas de raciocínio como as de Bettelheim, é compreensível. Por outro lado, entendemos que é imperativo que nós adultos (pais, educadores e pedagogos) façamos a reflexão, a crítica e utilizemos a razão para saber discernir sobre todas essas absurdidades produzidas pela mente de Bettelheim. Defender os contos de fadas como instrumento de pedagogia da educação infantil é perder o poder de reflexão sobre as referências e os limites que devem nortear o nosso mundo.
Na Pedagogia do Horror, o medo, os vícios e terror devem ser ensinados às nossas crianças, contudo, elas não precisam de mais medos e horrores, pois já os há em abundância em nosso mundo. O que nossas crianças precisam é de virtudes. Para que elas cresçam seguras de si, precisamos antes mostrar-lhes que existe um mundo melhor do que o mundo tenebroso dos contos de fadas. Não faz sentido querer formar indivíduos equilibrados e seguros por meio da transmissão de noções de insegurança. Precisamos antes fortalecê-las para que adquiram condições e estrutura para enfrentar as realidades do nosso mundo. E não parece nada razoável utilizar o método de amedrontar para fortalecer.
Se pretendemos formar indivíduos saudáveis, emocionalmente, poderíamos começar transmitindo às nossas crianças segurança, atenção, compreensão, amor, senso de pertencimento, senso de inclusão, enfim, precisamos mostrar a elas que em nós, pais e educadores, existe um porto seguro em torno do qual elas podem construir suas redes de sentidos. Se conseguirmos isto, o que não é pouco, certamente lançaremos as bases para a formação de adultos confiantes e preparados para viver a realidade do mundo que nos cerca.
* O autor é bacharel em Letras pelo Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas da Universidade de São Paulo (USP) e mestre pelo Departamento de Filologia e Língua Portuguesa da USP.
i Pretendessem elas divertir os adultos ou assustar as crianças, como no caso de contos de advertência, como Chapeuzinho Vermelho, as histórias pertenciam a um fundo de cultura popular, que os camponeses foram acumulando através dos séculos, com perdas notavelmente pequenas. (Darnton 2011:31-32)
ii Cf. Tatar (1992:11).
Referências Bibliográficas:
Bettelheim, Bruno. The Uses of Enchantment: The Meaning and Importance of Fairy Tales, 2010.
Darnton, Robert. O Massacre dos gatos e outros episódios da história cultural francesa, 2011.
Tatar, Maria. Off with their heads: Fairy Tales and the culture of childhood. Princeton University Press, 1992.

4 comentários:

  1. Bettelheim deve ter dado boas risadas quando viu que suas teorias "colaram"!
    Eu, quando criança, sempre estranhei o conteúdo aterrador ou trágico de certas histórias ditas infantis...Veja o exemplo de alguns contos de Hans Christian Andersen, como "A Menina dos Fósforos". Eu, com 8 anos, fiquei surpreso com o terrível e irremediável final da história! "O Soldadinho de Chumbo" é outro exemplo de tragédia.
    Mas, acho que as bruxas e madrastas serviam para manter as crianças sob controle pelo medo: "come toda a comida senão a bruxa vem buscar" ou "dorme senão o bicho vai pegar".
    Bom e oportuno texto!
    Abraços, Wolber!

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  2. Parabéns ao autor pelo belo e sensato texto . Concordo plenamente com sua posição quando questiona quais os efeitos desses contos de horror na cabecinha de uma criança ?
    Me lembro da musica que dizia assim : "Dorme neném que a CUCA VAI PEGAR, mamãe ta na ROÇA , papai volta já .." Como a criança dormirá ? Esta sozinha e a cuca vem vindo ??
    Entendo que esse texto deveria ser divulgado em outros meios de comunicação, pois realmente é preciso parar e refletir a respeito. O autor foi brilhante em sua explanação.
    Andrea Franco

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    1. Exatamente, Andrea!

      Se nos aprofundarmos chegaremos mais longe. Assim como cantarmos alegre que "atirei o pau no gato MAS o gato não morreu"...

      Curioso perceber que quem atirou queria matar é Dona Chica simplesmente se admirou e não repreendeu o pequeno sádico.

      Parecem piadas, mas são os contos que contamos e cantamos e nunca paramos para analisá-los.

      Um grande abraço!

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  3. Muito bom o texto. As escolas deveriam refletir mais sobre esse assunto. Parabéns Fernando. Precisamos divulgar esse texto. Margareth Leal

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