Todo dia ele era o mesmo atencioso e apaixonado namorado. Cuidava de sua amada com um carinho difícil de presenciarmos hoje em dia. Pela manhã passava creme em seus ondulados e maltratados cabelos, vagarosamente, pra ter certeza que espalharia perfeitamente e os deixariam mais bonitos.
De noite, deitava-se ao seu lado completamente solícito, aquecendo-a das noites frias daquelas semanas. Suas mãos acariciavam o braço de sua pequena, até que o sono o impedisse de continuar com seus abnegados cuidados.
Outro dia podia-se ver a barriga de sua companheira crescida, já de uns 4 meses. O futuro pai, agora, passava a mão ali, com todo o cuidado, como se já sentisse nos próprios dedos o filho querido. Pelo seu sorriso percebe-se que não pensa muito no futuro da criança. Será áspero? Terá muitas privações? Pouco importa. Quantas crianças hoje em dia tem um pai que ama seus filhos com todas as suas forças?
Sua história poderia passar despercebida em meio a tantos casais apaixonados pela cidade. Afinal de contas – e graças a Deus! – o amor ainda está por toda parte. Seja em ricos ou pobres, cultos ou ignorantes, jovens ou velhos, o amor é o sentimento mais democrático que temos. A única necessidade para tê-lo é estarmos vivos. E pobre daqueles que não o tem, seja pela família ou por amigos...
O que chama a atenção em sua história é o local onde moram. Não por ser em Pinheiros, bairro de classe média de São Paulo ou pela rua, a Mourato Coelho, uma das mais movimentadas da noite paulistana e nem por ser na frente de um grande supermercado 24 horas. Mas sim pelo fato de sua cama de casal – dois finos papéis de papelão – ficar na calçada, embaixo da janela de vidro onde pessoas adentram a noite fazendo suas compras.
São jovens moradores de rua. Não sabem sobre seu futuro, não imaginam como será o de seu filho. Apenas sabem que se amam.
Poxa Wolber, as lágrimas não param de escorrer. Uma lição de vida e tanta! Quantos pais que tem tudo e dão tudo para seus filhos, e acabam esquecendo o essêncial: O Amor. Lendo esta historia, percebemos que o amor é a forma mais linda de se criar um ser humano, e por mais que as condições dessa família não seja boa, eles se amam e tendo amor o resto se dá um jeito.
ResponderExcluirEu acho que é por lições assim como esta, que percebemos o verdadeiro sentido da vida: Saber se amar, para que assim podemos amar ao proximo.
De todas que li, esta foi a que mais mim emocionou.
Grande Beijo, meu amigo!
Joyce, você é uma moça muito sensível. Não do jeito adocicado de ver e se emocionar, mas da sensibilidade mais aguçada, aquela que enxerga nas entrelinhas da vida e consegue penetrar nas emoções e sentido real da vida.
ResponderExcluirIsso é raro, e fico feliz que você tenha. O que disse é a pura verdade. A maioria das pessoas dizem da boca para fora, falam de amor como quem assiste a um filme, e quando desliga a tv tudo volta a ser como antes.
Amor move o mundo, mesmo que a humanidade não perceba isso. O amor universal, do ser humano pelo semelhante. Quando o homem perceber isso, que agindo com amor em todos os seus atos, o mundo pode ser perfeito, talvez nosso planeta mude 100% para melhor.
Escrevi um texto que mostra o que penso, um dos primeiros, se chama "a chave interna". Não existiria fome, violência ou mazelas se todos agíssemos assim, amando o semelhante. Tão fácil e tão difícil...
Parabéns querida, bom ter você comentando meus textos. O maior prazer!
Grande beijo!
Um pessoa assim, sabe reconhecer outra!
ResponderExcluirMim indentifico muito com você, e suas historias que mim facinam!
Dizem que o amor não enche barriga, realmente não... mas, enche o coração. E uma pessoa com o coração cheio de amor pra dá, consegui o que for preciso pelo seu proximo.
O amor é o sentimento mais lindo que Deus deixou para nós!
Beijos, saudades!
Exatamente Joyce!
ResponderExcluirÉ aquela história de desejar saúde, porque o resto a gente corre atrás.
Amor é a mesma coisa, com o coração cheio alcançaremos as montanhas mais difíceis!!
Beijão!