Sul, sudeste, sertão. Quando se trata de carência, mudam-se as paisagens, mas o brasileiro sofrido é o mesmo.
Em andanças pelo interior pudemos observar isso.
Num trabalho na comunidade de Vargem do Braço, muito próxima à Florianópolis, levamos atendimento odontológico aos moradores dessa zona rural. Na fila pais traziam seus filhos, lourinhos, olhos azuis, bem característicos da descendência alemã, tão presente no local. Ao examiná-los víamos dentes “acabados”, cáries enormes, muitos para extrair. Idênticos a muitos que víamos no interior do sertão, muito longe de uma cidade grande.
Ali, naquela região do sul do Brasil estavam pessoas sofridas, roupas surradas, mãos calejadas; registros de seu duro dia-a-dia regando a terra com seu suor.
Pais, mães e até filhos pequenos ajudam na labuta diária. Dura, suada, sofrida, debaixo de um sol não tão quente, mas que brilha sobre nobres brasileiros assim como o que ilumina seus irmãos nordestinos.
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