Nos últimos dias voltaram aos noticiários cenas sobre o MST (Movimento dos Sem Terra) onde os integrantes, portando muitas armas de fogo, tentavam invadir uma propriedade, o que gerou uma troca de tiros com seguranças digna de um filme de guerra.
Quando assisti a essas lamentáveis imagens me perguntei o que aconteceu com aquela velha máxima que ouvia quando era criança: "divisão agrária dos latifúndios improdutivos para trabalhadores rurais que os tornariam produtivos, melhorando a condição de sua família e do país"?
Uma invasão que necessite armas, trocas de tiros com seguranças e caseiros aflitos soa mais como um assalto do que qualquer outra coisa!
É uma pena que algo comece com um bonito ideal e, de repente, ao crescer começa a tomar atitudes equivocadas e muitas vezes agrupar pessoas com interesses excusos.
Já realizamos um trabalho social em um assentamento Sem Terra, em Goiânia, em 2006. Ali tivemos um maior contato com os moradores e com parte da realidade das pessoas. Algumas histórias nos deixavam surpresos. Há pessoas que alugam suas casas na cidade e se unem ao movimento, visando ganhar mais um terreno e aumentar o patrimônio. Outros, após conseguir a terra assentada a vendem ou arrendam.
Não devemos generalizar, há pessoas honestas e trabalhadores que realmente necessitam de uma terra e querem trabalhá-la da melhor forma, mas não há como negar que a cada dia mais se juntam pessoas desonestas que levam o movimento cada vez mais para o buraco. Pessoas que visam levar vantagem, se beneficiar do dinheiro público. Coisas que inflam seus discursos quando criticam os políticos que tanto envergonham o nosso país.
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