terça-feira, 13 de outubro de 2009

Flores, crianças e música

Fim de semana estava num churrasco na casa de um amigo e num certo momento comecei a bater um papo com a sua avó. Muito simpática e inteligente. É sempre ótimo conversar com "vózinhas", elas (ou eles, os vôzinhos) tem uma experiência riquíssima de vida e no mínimo ficamos impressionados com descrições de uma época em que nem sonhávamos nascer - nem nossos pais.
Ela nasceu em 1925. "Mil novecentos e vinte e cinco... Meu Deus, tinha acabado a Primeira Grande Guerra fazia pouquíssimos anos.", pensei. Sem contar que viveu numa época em que nosso país florescia. Era um Brasil que parecia decolar, na música, literatura, esportes. Ouviu o lançamento de Chega de Saudade e da Bossa Nova, leu textos diários do Nelson Rodrigues no Jornal do Brasil, sofreu com a derrota do Brasil na Copa do Mundo de 50, no Maracanã.
Ah, que época boa! Ninguém imaginaria que passaríamos anos de trevas após o golpe militar.
Depois de um ótimo papo fui para casa e no dia seguinte encontrei uma outra "vózinha", esta, minha tia-avó. Numa conversa bem tranquila, enquanto ela nos agradecia pelas flores que a presenteamos me disse uma frase certeira:
- Meu filho, quem não gosta de flores, crianças e música que não seja meu amigo!
Não sei se eu terminaria assim a frase, mas tenho que concordar que exageros à parte ela encerra uma tremenda verdade.
Nada como a sabedoria dos mais velhos. Vamos, literalmente, vivendo e aprendendo.

2 comentários:

  1. Nada como a escola da vida; diante dela, a grande mestra, somos todos autodidatas.

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    1. E que escola!

      As vezes ensina com uma pancada, as vezes com um carinho incrível...

      Basta estar aberto para aprender. :)

      Um abraço!

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