sexta-feira, 2 de julho de 2010

Seleção brasileira

Tem uma lição que aprendemos por esses trabalhos no sertão brasileiro: uma escola é a cara do diretor. Onde há um diretor com atitude, vontade de fazer algo acontecer, boas intenções, o trabalho social flui maravilhosamente. Assim como a cidade, é a cara do prefeito. Quando o administrador é corrupto, com interesses torpes, a cidade se arrasta na estagnação (se não entrar em decadência).
Digo isso pois, da mesma forma, um time tem a cara de seu técnico. E nossa seleção, desde o princípio, era a imagem de Dunga. Já nasceu retranqueira.
Sem ufanismo, o futebol brasileiro tem em suas origens a habilidade e excelência pelo ataque. Tivemos grandes zagueiros? Claro, mas que não ofuscavam nossos craques. Em toda a história, todos os técnicos que mudaram esse estilo inerente de jogar, obtiveram fracassos, como em 90 com Lazaroni e seu esquema com líberos.
O que entristece dessa desclassificação é atestar que tínhamos um leque de jogadores, com categoria estupenda, para brilharem nessa copa (e o Ganso é apenas o nome mais certo desse grupo).
Esse time, que hoje se desclassificou, ficará com a cara do violento jogador Felipe Melo (que já teve até um texto nesse blog exaltando sua violência), defensivo e sem brilho. Até tínhamos um Kaká e um Robinho que, solitários, davam algum respiro de lembrança do nosso verdadeiro futebol, mas se o primeiro não estava completamente inspirado, a bola não chegava no segundo e em Luis Fabiano.
Como uma previsão, isso era sabido desde a convocação: levávamos, ou melhor, o Dunga levava, um único meia de armação, que vinha de uma lesão e poderia não aguentar uma competição. E parece uma piada: não levou um único jogador para substituí-lo à altura. Tínhamos apenas volantes e mais volantes, por todos os lados!
Essa é minha opinião sobre o Dunga: é, puramente, teimoso. Quando todos clamávamos por Ganso, e até Neymar, ele batia contra, no maior estilo "sou eu é quem mando". De repente, ninguém pedisse e, talvez, ele levasse os dois. Pode ter sido uma vontade de se aproximar de nosso saudoso Felipão, que segurou a bronca para não levar Romário e calou a boca da crítica com o título mundial. Dunga só não percebeu que era muito diferente, Romário vinha de contusões, já estava quase se aposentando, e não treinava, assim como Adriano.
Ganso estava - e está! - "voando baixo", recebendo elogios de todas as torcidas e jornalistas do Brasil.
Como consequência, terá que segurar a bronca que sua teimosia causou. Sem falar em comprar briga com a imprensa e deixar sua imagem de arrogante se consolidar.
Agora é torcer, não pelo campeonato, mas para que o próximo técnico deixe o Brasil jogar como o brasileiro gosta: buscando sempre o gol primeiro, e se defendendo depois.
O Felipão está voltando para o Palmeiras... Quem sabe?

4 comentários:

  1. Bom dia, amigo Wolber. Estava com saudades.

    Sobre o texto, embora eu não entenda de futebol, você elucidou muito bem.

    Dessa forma, acho que o problema é a individualidade, que dessa vez foi desastrosa, pela vaidade do Dunga.

    Deveriam escolher um técnico que soubesse trabalhar em equipe. Que esquecesse o seu próprio umbigo.

    Adorei a matéria.

    Um abraço apertado, amigo. Tenha um belo fim de semana.

    ResponderExcluir
  2. Estou com minha querida Amiga Amapola: n]ão entendo nada de futebol e não ligo a mínima pra copa do mundo....sou de outro planeta....rs


    Acho que a individualidade em um jogo de equipe é erro mortal. Mesmo quando toda a individualidade deve ser respeitada.

    Eu não serveria para trabalhar em grupo, praticar um esporte que fosse em equipe, dividir funções. Acho complicado para meu temperamento, mas entendo que esses homens que defendem a nossa seleção, ali, devem ter apenas uma estratégia e a flexibilidade e ouvir e mudar.
    Complicado isso, né?
    O comando na voz de um e 190 milhões pensando de uma forma particular......rs

    beijo pra vc e uma semana linda!

    ResponderExcluir
  3. Olá Cris e Amapola! Tudo bem?
    No caso da copa, é bacana que, mesmo não entendendo nada de futebol, torcemos e nos emocionamos por sermos brasileiros e querer que nossos compatriotas façam um bom papel no exterior.
    Não importa se eles são milionários (e são) e se ganham muito com isso (e ganham), a vontade de ver que o povo brasileiro tem condição de ser o melhor do mundo em um esporte é completamente válida. Isso impulsiona o patriotismo, que é tão importante para nosso país.
    Valeu pela visita!
    Ótima semana!
    Abraços!

    ResponderExcluir
  4. Apoio o patriotismo futebolesco, rsrs, ainda mais que eu acredito muito em energias, e a energia que vibrava neste país a cada vitória contagiava a todos, formando uma aura positiva.
    E o Brasil vontando sem o título e ainda por cima atrás da argentina deixou uma trsiteza no ar, mas somos brasileiros, não desistimos nunca e a premissa do tente outra vez nos dá esperança, ainda mais a próxima Copa sendo aqui.
    Abaixo as vuvuzelas e avante pandeiros!
    hahahha
    Bjaum amigo!

    ResponderExcluir