terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Beatles

Sou um grande fã dos Beatles. Conheci sua música antes mesmo de ter algum conhecimento musical significativo, aos 7 anos. Morávamos em um bairro bem residencial, daqueles em que as crianças ainda brincavam na rua - de terra -, tinham uma porção de amigos e cada época do ano tinha suas aventuras: pipa, peão, taco (que muitos conhecem como betis), isso sem contar as que corriam todos os dias do ano como o futebol no "golzinho" formado com duas pedras no chão, pega-pega, esconde-esconde e tantas outras.
Nessa época, Michael - meu irmão mais velho - já tnha 12 anos e junto a alguns amigos já vinham desenvolvendo seu gosto musical (que graças a Deus ia certeiro para o rock, e não para o pagode...). Toninho, que tinha a mesma idade, ouviu um disco, um bom e velho vinil, em sua casa e correu para mostrar aos amigos:
- Ouvi esse disco da minha irmã. Olha que legal! - e apresentou os Beatles para meu irmão e Alex, outro amigo da rua.
Os três "piraram"! Acharam aquela banda boa demais e passaram a escutar qualquer coisa que se tratasse dos Beatles.
Algo digno de nota, é que isso ocorreu em 1984. Já fazia 14 anos que os Beatles tinham acabado - bem antes de nascermos -, 4 anos que John Lennon havia sido assassinado, e o rock já não tinha mais aquela potência dos anos 70 (tirando raras excessões como Van Halen e Police).
Com isso penso na força e qualidade dessa perfeita banda. Depois de anos e mais anos, sua música conseguia despertar interesse e admiração em uma turma de 12 anos - e numa criança de 7 -, sem que ninguém a apresentasse e dissesse: ouça.
Foi questão de dias para decidirem formar um cover dos Beatles. Michael seria o John, Toninho o Paul, Alex o George e eu - que andava pra cima e pra baixo com eles - o Ringo. Claro que nosso cover se limitava a dublar os discos que rolavam nas festas e imitar as guitarras com papelões desenhados. No meu caso pegava dois gravetos, uma mesinha e estava criada a bateria. Animávamos algumas festinhas da turma.
Essa nostalgia, misturada a uma total admiração musical, fez os Beatles terem um significado todo especial pra mim e guiar todo meu gosto pela música.
Hoje vinha escutando no carro um cd deles e me ocorreu um pensamento preocupante: "será que, com os anos, essa música vai perdendo sua força?". Afinal de contas, quantas novas bandas surgiram e os anos 60 a cada década fica mais longe (me desculpem o pleonasmo).
Logo concuí que não, imagino que os Beatles serão eternos. Nós, os fãs de música, demos sorte de sermos contemporâneos desses gênios, pelo menos de suas vidas - Paul e Ringo ainda estão vivos. Uma música tão boa e criativa sobreviverá sempre. Não a toa, ainda hoje ouvimos Mozart, Beethoven ou Vivaldi, não importando se são de 1800, 1700, ou seja lá que ano for. A música clássica é eterna. O rock também.
Por isso hoje, depois de mais de 40 anos de seu fim, os Beatles estão tão fortes como antes. A cada ano são lançadas novas coletâneas, caixas de cds, regravações e a atual febre: o Rock band dos Beatles. Um jogo para video-game que está fazendo muitos novos fãs, que antes só ouviam as músicas mais conhecidas.
Com tudo isso, não duvido se um dia meus filhos formarem uma bandinha cover desses caras.

Um comentário:

  1. É, bons tempos que graças a Deus continuam. Ainda ouvimos Beatles e, com a maturidade, percebemos melhor sua qualidade. E a historia se repete, é um orgulho ver a Bianca gostando de ouvir Beatles tambem, e assim manter sempre um bom gosto musical.
    ... e livrai-nos do axe, pagode e funk, amem.
    PS: Como vc se esqueceu do "Quen"?
    Abç a todos
    Michael

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