sexta-feira, 18 de junho de 2010

Darwin

Hoje vejo com todo sentido do mundo - e beleza - a teoria da evolução das espécies, de Darwin. Não é apenas sobre fatos complicados durante os milênios, ou pensamentos complexos sobre DNA e mutações. Alguns fatos são explicados com uma simplicidade tal, que nos faz sorrir ao entendê-los, como uma criança que tem sua curiosidade saciada em torno dos 5 ou 7 anos.
Muitos casos hoje se explicam como uma simples história: imagine uma tribo onde só existam homens enormes, com mais de 2 metros de altura. Pode-se entender que naquela região, os homens que eram mais altos tinham mais facilidade em colher alimentos que ali só davam em árvores mais altas. Isso, por si só, não extinguiria os mais baixinhos, mas eles teriam mais dificuldades. As próprias mulheres da tribo, poderiam se sentir mais seguras ao lado de homens que dariam mais proteção e facilidade em conseguir alimentos. Com isso os grandalhões teriam mais facilidades em conseguir uma parceira e assim transmitiriam muito mais os seus genes do que os pobres baixinhos solitários. Simples assim.
Alguns animais, geralmente, possuem cores fortes e berrantes para manter seus predadores distantes. É uma forma de dizer "olha, sou um bicho venenoso", recado entendido por outros animais. É o caso de rãs venenosas, taturanas e a cobra coral. A coral verdadeira possui cores fortes e é muito venenosa. Ela avisa que é perigosa - com suas cores -, e é! A cobra coral falsa é uma evolução da verdadeira. Possui cores ainda mais berrantes e chamativas e, com isso, espanta mais ainda seus possíveis predadores, como se fosse ainda mais venenosa. Como é muito menos incomodada, não precisava de seu veneno, que com o tempo foi sumindo, sua glândula atrofiou. Hoje ela não é venenosa. Não precisa ser perigosa, apenas avisa com mais veemência que é. Isso que é marketing bem feito!
O ser humano, com seu cérebro altamente desenvolvido (como diz o documentário "Ilha das Flores") desenvolveu até artimanhas para se manter longe de encrencas. Quantos não são esses bichos bem coloridos, que, sem pensar, já sentimos nojo, repulsa? Esse nojo, o cérebro usa para nos afastar de futuros problemas.
O mais impressionante é que, em nosso casos, além da evolução natural, nosso cérebro ainda pensa e trabalha incessantemente para nos preservar a cada dia mais.
O curioso é que ele precisa aprender a se defender de outros cérebros perigosos. E assim a evolução segue seu curso.

4 comentários:

  1. Boa tarde, amigo Wolber.

    Você contou de um jeito tão bonito...

    Adorei a cobra coral falsa. Vendo a própria natureza blefar para continuar vivendo, podemos sentir a importância da vida.

    Um grande abraço. Que Deus o ilumine.

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  2. Wolber, sensacional seu post!
    Adorei.

    Os animais parecem que sabem evoluir e usar essa evolução à favor do bem, mas sem destruir o meio.
    O homem...o bicho homem...esse já dá um post de terror em toda a sua evolução....rs

    Um beijo pra vc

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  3. Wolbitcho, detesto ser o mala, mas a história da coral falsa é diferente. O que você descreveu é Lamarckismo.
    A espécie coral falsa é uma cobre sem veneno. Todas eram comidas pelos predadores, menos as que tinham cores mais chamativas, que tinham maior chance de sobreviver e espalhar cobrinhas coloridas. Com o tempo, as que eram muito parecidas com as corais verdadeiras restaram, já que matam de medo os predadores. Dizer que a glândula atrofiou com o tempo é a mesma coisa que dizer que o pescoço da Girafa cresceu pelo esforço em pegar as folhas mais altas. Na verdade, as que tinham pescoço mais alto é que sobreviveram, e espalharam os genes.

    Legal, né? Biologia é mestre!

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  4. Graaaaaaaaaaaaande brother Beolchi! Cara, que animal (sentiu o trocadilho?! rs). Um amigo tinha me contado a versão que escrevi, com tanta propriedade, que admiti como verdadeira. Mas essa versão que você descreveu é quase irrefutável.
    Percebi que você prestava muita atenção nas aulas de biologia, porque nas de Microbiologia a gente até batucava nas carteiras...
    Valeu pela aula e correção!

    Grande abraço!

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