Pois é, mais uma Olimpíada se foi. Independente da campanha "male male" do nosso país o evento é emocionante e apresenta histórias de vida impressionantes.
Tudo bem, a mídia fica completamente entorpecida com o clima lúdico e muitos escândalos somem das manchetes, mas também somos filhos de Deus e temos direito de torcer ser felizes de vez em quando.
Histórias como a da brasileira que ganhou medalha de bronze no judô são lições e exemplo para todos nós, e o modo como as jogadoras do futebol feminino brasileiro jogaram e, infelizmente, perderam, nos enchem de orgulho mesmo em face à derrota. Uma raça e empenho que nos faz pensar que se os homens da seleção jogassem com tamanha garra teríamos um time imbatível no masculino!
Com o encerramento do evento começamos a ouvir as muitas críticas quanto a má campanha do Brasil. "Deveríamos ter mais incentivos" ou "Falta apoio" saltam por quaisquer canais por onde passemos.
Realmente precisamos mesmo. Não é ser ufanista - no melhor (ou pior...) estilo "Galvão Bueno" -, mas o brasileiro é um povo que realmente é bom no que faz. Não sei se pela miscigenação histórica, pela ginga nata, ótima desenvoltura e simpatia, vários outros motivos que poderíamos listar, temos ótimos atletas no que nos empenhamos a fazer.
Um exemplo é a ginástica artística. Tudo bem que ainda não decolamos ali também, mas em questão de 15 anos atrás o país era nulo nessa área. Me lembro do nome de Luíza Parente, que solitária tentava levar o nome do país nas competições dominadas por um mundo inteiro antes do nosso. Em questão de alguns anos, incentivo financeiro nos treinos, instalações, um ótimo técnico da Europa Oriental e surgiram muitas estrelas. Nível de campeões mundiais como a Daiane, o Diego ou a Jade.
É uma pena que não aproveitamos muitas ondas que aparecem com toda uma chance de fazer algo decolar, como o tênis, com o Guga. Um gênio surgiu, se tornou número um, passou e com ele passou também o tênis. Temos muito ainda que aprender.
Se o país der incentivo ao esporte o Brasil estará em breve disputando as primeiras posições no ranking de medalhas? Não tenho a menor dúvida, a própria China é um exemplo disso.
Porém não devemos esquecer que antes de incentivo ao esporte precisamos MUITO MAIS de incentivo à educação, à saúde, à cultura e aí sim, ao esporte. E antes de ter um país primeiro do ranking teremos um país campeão em cidadania.